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Trago na boca a memória do meu fim, de Ricardo Azevedo
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Ficha Técnica
Autores
Sinopse

"Misturando com muita originalidade ficção e história, o livro Trago na boca a memória do meu fim é um mergulho no passado aventureiro, injusto e fascinante vivido pelas primeiras pessoas que chegaram a este território.

Os protagonistas deste livro são jovens valentes - e um tanto enrolões! – que andam aos tropeços em uma desastrosa viagem pelo interior brasileiro. Cercados por senhores da terra que vivem envolvidos em esquemas de corrupção, os protagonistas precisam escapar de diversas maracutaias.

E, no meio de tanta aventura, conhecem muito do amor e dos caminhos do amadurecimento. Nossos jovens protagonistas caminham por veredas com sonhos de um dia ficarem ricos. A obra é um romance histórico que se caracteriza pela construção de tramas ficcionais em meio a momentos-chave de certo período historiográfico

Ricardo Azevedo é paulista, é formado em Comunicação Visual, mestre e doutor em Letras. Estreou como autor nos anos 80, e hoje tem mais de cem livros publicados, inclusive em outros países, como Alemanha, Portugal, México, França e Holanda.

O autor traz para sua narrativa algumas palavras e expressões usadas no século XVI (como chalaça, bagata, congoeira, vil, mui diligente, debulhos) e a linguagem escolhida remete a textos considerados na literatura brasileira, como os relatos dos primeiros europeus que aqui chegaram: Pero Vaz de Caminha, José de Anchieta, entre outros.

Nessa obra de Ricardo Azevedo, estão representadas as variedades linguísticas, os costumes ainda embrionários do que seria mais tarde reconhecido como cultura brasileira, os diversos grupos étnicos que por aqui transitavam, as relações entre senhores e escravizados, a religiosidade e a superstição.

No entanto, a obra está firmemente ancorada no tempo presente, como não poderia deixar de ser: trata-se do olhar de um contemporâneo sobre o nosso passado, o que deixa bem demarcadas, como figuras em alto-relevo, preocupações e visões típicas de nossa época.

Assim, a ficção de Ricardo Azevedo abre caminho para possibilidades diversas de interdisciplinaridade, sendo Língua Portuguesa e História as mais óbvias. Mas o potencial da obra vai mais além: por que não discutir a estética europeia, africana e ameríndia em Arte, ou observar as fronteiras fluidas do território que seria o Brasil em Geografia, a noção de identidade étnica ou a de sincretismo em Sociologia, escravidão e liberdade em Filosofia?

Tendo isso em mente, a obra é acompanhada de uma Material Digital do Professor, pelo qual são apresentadas orientações de várias ordens para uma possível abordagem da narrativa junto aos estudantes, o que é feito por meio de diversas atividades e sugestões complementares.

Algumas delas, inclusive, salientam outros gêneros do cotidiano dos jovens, como jogos eletrônicos (a exemplo da série Assassin’s Creed, que se passa em cenários históricos como a Revolução Francesa) e RPG, ou filmes históricos, como O resgate do soldado Ryan (1998) e Caramuru – a invenção do Brasil (2001).

Em tempo, a leitura mediada pelo professor permite trabalhar com os campos de atuação social previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprofundar a discussão de variadas maneiras e, principalmente, despertar o prazer em ler uma boa história."