Livro didático: Como usar em sala de aula com moderação
Material de divulgação das editoras Ática, Saraiva e Scipione.
Não constitui documento oficial a respeito do PNLD.
O livro didático representa o recurso mais utilizado pelos professores na sala de aula de vários países. No Brasil não é diferente: por meio do PNLD, as instituições públicas de ensino recebem gratuitamente materiais didáticos para auxiliar a prática pedagógica.
Por conta da recorrência da distribuição, os livros didáticos do PNLD passam por atualização e melhora constante.
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É comum que os professores julguem o livro como um “engessador”, uma vez que o uso de material didático é visto como um limitador da autonomia dos docentes. Porém, esse recurso está longe de demarcar o espaço do professor.
Quando bem utilizado, o livro didático abre espaço para o profissional da educação exercer sua profissão com primor.
Neste artigo, confira como o livro didático pode ser um parceiro do professor em sala de aula e veja como utilizá-lo de modo a valorizar a prática docente.
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Saiba como usar o livro didático sem perder a sua autonomia
Apesar de o professor estar limitado aos livros aprovados pelo MEC, a lista de obras aprovadas é grande e bastante diversa. O ato de escolher materiais para a escola, na verdade, exalta o papel do professor enquanto transformador de vidas.
A escolha dos livros didáticos, portanto, pauta-se nas estratégias de ensino adotadas pelo profissional, em que o material complementa e não determina suas ações.
Adaptando o livro à prática docente
Depois de escolhido, o professor adequa o livro didático às suas aulas. A utilização do material no cotidiano escolar depende da relação do professor com a aprendizagem de seus alunos.
Por exemplo, se a turma apresenta algumas dificuldades com certo conteúdo, o professor pode propor a realização de atividades do livro ou se basear nas orientações apresentadas no Manual do Professor.
Ninguém entende melhor como os alunos aprendem do que os professores que convivem diariamente com eles. Ao identificar os costumes e hábitos de aprendizagem dos estudantes, o professor está apto a elaborar planos de aula exemplares.
O livro didático contribui muito em momentos como esse, apresentando andamentos e permitindo que o professor siga por outros rumos.
Logo, mediando o contato dos alunos com o livro, há sempre um professor. Cabe a esse profissional definir como o uso do livro ocorrerá em sala.
A partir disso, os docentes podem adicionar informações, conferir o que é válido abordar com maior detalhamento e estabelecer quais conteúdos podem ser trabalhados de forma breve.
Complementando o livro didático
Por serem elaborados para o contexto nacional, é comum que os livros didáticos não abordem profundamente todos os conteúdos disciplinares. O professor deve incluir aspectos regionais assim como conteúdos presentes no currículo escolar e ausentes nos materiais.
Portanto, não há uma limitação de desenvolver em sala apenas os conteúdos do livro, fazendo com que o professor tenha maior controle de suas aulas.
Além dessa complementação do material, o desenvolvimento de conteúdos que extrapolam as páginas dos livros pode aumentar o significado da aprendizagem dos estudantes.
A partir da combinação de conteúdos, torna-se possível comparar fontes e fazer com que os alunos analisem criticamente os saberes.
O livro didático também pode ajudar a escola na remodelagem de Projetos Políticos Pedagógicos (PPP). Por trazerem atualizações e modernidades, os materiais abordam temáticas e conceitos inovadores, que podem ser muito bem recebidos pelas instituições de ensino.
Assim, a definição de novas metas e a transformação de identidade escolar ocorrem pelo acesso promovido pelo livro didático.
Discutindo o livro com os colegas de profissão
De acordo com a professora e pesquisadora Marisa Lajolo, é fundamental que os professores tenham momentos para conversar sobre o trabalho com os livros didáticos. A troca de experiências pode ser primordial para que os professores não se sintam limitados com o livro didático aderido pela escola.
Uma boa ação é buscar compartilhar as frustações referentes aos materiais com outros professores. Eles, por também utilizarem o livro didático, podem ser auxiliadores e mostrar caminhos e opções viáveis para contornar os problemas.
O hábito de conversar sobre o livro ainda contribui para a formação dos docentes, uma vez que os mais experientes podem mostrar aos mais novos como realizar um bom uso do recurso didático.
Otimizações feitas também devem ser repassadas para os outros educadores. Professores podem mostrar aos outros profissionais de educação como alcançaram uma boa experiência de aprendizagem a partir de complementações feitas no livro didático.
Esse debate funciona muito bem como uma maneira de os docentes demonstrarem seu saber, logo, seu valor enquanto profissionais.
A importância do livro didático para o aluno
Apesar de hoje existirem diversos recursos didáticos, o livro resiste como o central. Em contextos em que o avanço tecnológico e acesso à internet ainda não são uma realidade, o contato com materiais impressos permite que as informações cheguem de forma mais ampla.
Por essa questão, o recebimento de livros didáticos de forma gratuita representa um direito das instituições de ensino públicas.
O livro didático permite uma ampliação dos conteúdos trabalhados em sala de aula. Assim, o material é utilizado como uma forma de aprofundamento e complemento de ensinamentos transmitidos pelo professor.
Portanto, a entrega de recursos didáticos permite que os alunos aprendam por conta própria e tracem suas rotinas de estudo.
Fora a questão fundamentalmente didática, é importante ressaltar o valor cultural dos livros didáticos. Por meio dele, alunos passam a conhecer textos literários, artigos científicos, artes dos mais diversos tipos e outros suplementos para sua formação cultural.
Dessa forma, os estudantes têm contato com as manifestações e realizações humanas, ampliando seu capital cultural. Além disso, existe uma diferença entre o livro didático e o livro paradidático, cada qual com sua característica e função específica, porém, ambos com foco no aprendizado dos alunos.
Conclusão
A ideia de que os livros didáticos limitam o professor pode ser combatida com boas escolhas. O material aderido pela escola precisa fazer sentido no contexto da instituição e permitir que o professor conduza a aula de sua própria maneira.
Sendo assim, os professores podem utilizar todos os recursos que o livro didático proporciona e incluir outros assuntos, temas atividades, reforçando sua adequação ao material.
O período de escolha de materiais didáticos é um ótimo momento para os professores expressarem sua autonomia.
Por sua fundamental participação, a seleção é um momento oportuno para que os profissionais da educação analisarem profundamente os materiais possíveis. Logo, é preciso estabelecer quais são os critérios que auxiliam o professor na escolha do livro didático ideal.
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