Educação Especial: desafios e caminhos para a inclusão na escola pública

A partir de dados alarmantes do Censo Escolar e das metas do novo PNE, é hora de repensar políticas públicas e práticas pedagógicas para garantir o direito à aprendizagem de todos.
Esse será o foco de um dos painéis de discussão promovidos pela Saber em seu estande na Bett Brasil 2025, que acontece entre os dias 28 de abril e 1º de maio.
Por que a Educação Especial precisa estar no centro do debate?
A Educação Especial ocupa um lugar central nas discussões sobre equidade e inclusão na educação brasileira.
Os dados mais recentes do Censo Escolar escancaram uma realidade que exige ação urgente: apesar de avanços significativos na matrícula de estudantes da Educação Especial em classes comuns, ainda estamos longe de garantir as condições adequadas para que esses estudantes aprendam.
O novo Plano Nacional de Educação (PNE) reafirma esse compromisso, trazendo metas que apontam para a necessidade de universalizar o acesso, a permanência e o Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Panorama atual da Educação Especial no Brasil
Entre 2013 e 2023, o percentual de estudantes com deficiência, transtornos do espectro autista e altas habilidades/superdotação matriculados em classes comuns passou de 77% para 91%.
Apesar disso, apenas 38% desses estudantes recebem Atendimento Educacional Especializado (AEE) – um crescimento modesto frente aos 33% registrados em 2013. Esses números mostram que o discurso da inclusão avançou mais rápido do que as condições concretas de aprendizagem.
As metas do novo PNE para a Educação Especial
O objetivo 9 do novo PNE é claro: “Garantir o acesso, a oferta de atendimento educacional especializado e a aprendizagem dos estudantes público-alvo da Educação especial – PAEE e dos estudantes público-alvo da Educação bilíngue de surdos – Paebs, em todos os níveis, etapas e modalidades”.
Leia mais: Educação especial e Inclusiva: Qual o diálogo?
As metas 9.a e 9.b tratam, respectivamente, da universalização da educação básica e do AEE para esse público.
A importância do AEE e dos profissionais especializados
O Atendimento Educacional Especializado é essencial para garantir que o estudante com deficiência tenha acesso a uma educação de qualidade.
Mais do que adaptações físicas ou tecnológicas, o AEE garante mediação pedagógica especializada, recursos de acessibilidade e apoio à aprendizagem.
Sem essa oferta, o risco é transformar a inclusão em integração simbólica, sem efetividade.
O papel das redes de ensino
As redes de ensino têm um papel fundamental na garantia desses direitos. É preciso investir na formação de professores, no planejamento inclusivo, na oferta de AEE de qualidade e em recursos pedagógicos acessíveis.
A gestão escolar também deve ser protagonista nesse processo, promovendo uma cultura de respeito às diferenças e de altas expectativas para todos os estudantes.
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Conclusão
Na Saber, acreditamos que a verdadeira inclusão vai além do acesso: ela se realiza na aprendizagem. Por isso, nossos painéis na Bett Brasil 2025 vão discutir como transformar metas em realidade e garantir que todas as crianças e jovens aprendam, com equidade e dignidade.
Informações sobre os painéis da Saber na Bett Brasil 2025:
DATA: 29/04
HORÁRIO: 10:00
TEMA: Painel sobre a metodologia Meepe (Metodologia para a Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas)
PARTICIPANTES: Sandra Baldin e Gabriel Franco da Atena EOS
FORMATO: Painel expositivo
DESCRITIVO: O especialista abordará a urgência em dialogar sobre o tema, os desafios da educação especial nas escolas e a evolução das metodologias que buscam atender essa necessidade.
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DATA: 29/04
HORÁRIO: 11:00
TEMA: Oficina prática sobre a metodologia Meepe (Metodologia para a Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas)
PARTICIPANTES: Sandra Baldin, Gabriel Franco da Atena EOS e Beatriz Nunes Saber Educação
FORMATO: Oficina Prática de experimentação do material
DESCRITIVO: Os participantes poderão vivenciar um lançamento inédito e ainda em produção pela Saber em parceria com a Atena EOS. Os participantes poderão ter contato com o material, expor opiniões e feedbacks que ajudem a endereçar os desafios dessa frente de ensino.
Minibio dos palestrantes
BEATRIZ NUNES – Host e pesquisadora responsável pelas oficinas
Especialista em políticas públicas e inovação, Beatriz é administradora pública formada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e aprofundou seus estudos no Programa Avançado em Gestão Pública do INSPER. Atualmente, atua como Analista de Inovação na Saber Educação, onde lidera pesquisas, analisa políticas públicas educacionais e atua como ponte entre a empresa e o setor público.
SANDRA BALDIN
- Assessora técnica pedagógica Atena Eos.
- Professora efetiva da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe (SEED-SE), atuando no Conselho Estadual de Educação como Técnica da Educação Especial e Inclusiva.
- Além disso, exerce a função de Assessora Técnica Pedagógica na Empresa Atena Éos, onde realiza consultorias pedagógicas, elabora materiais pedagógicos e presta atendimentos clínicos psicopedagógicos para crianças com atraso no neurodesenvolvimento.
- Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, é especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Intervenção ABA para Autismo e Deficiência Intelectual, Libras e Educação Especial.
GABRIEL FRANCO
- Gerente executivo Atena Eos
- Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Tiradentes, possui especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade São Luís de França, além de especialização em Atendimento Educacional Especializado e Educação Especial pela UNOPAR. Atuou como professor dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores da Universidade Tiradentes, onde também exerceu a função de coordenador desses cursos.
- Ao longo de sua trajetória acadêmica e profissional, tem se dedicado ao estudo e desenvolvimento de projetos com ênfase em arquitetura para ambientes de ensino, psicologia do espaço construído, arquitetura pós-moderna e moderna, além de trabalhar com temas como a representatividade da arquitetura do poder e diversidade. Suas áreas de expertise incluem maquetes físicas, desenho técnico e teoria da arquitetura.
- Foi membro da equipe de curadoria expográfica do Museu da Gente Sergipana e é sócio-fundador do CAIBRO.CO – uma iniciativa voltada para arquitetura, urbanismo e design.
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