MENU

Dia Mundial do Meio Ambiente: porque ainda não há planeta B

12 de junho de 2023
E-docente

Megalomania, visionarismo, profetização ou empreendedorismo?

Além do fato de ser um dos maiores empresários do mundo, com uma conta bancária que impressiona até os dotados de desejos mais minimalistas, o bilionário Elon Musk também ganhou fama mundial por outro motivo: seus planos de colonização de Marte nos próximos cinco ou 10 anos e, no futuro, dos demais planetas e até luas e satélites do Sistema Solar. 

Recentemente, ele lançou uma animação futurista de cinco minutos, por meio de sua empresa Space X, que dá um vislumbre de como será a viagem até o planeta vermelho. Apesar de seus planos interplanetários, o próprio Musk já afirmou saber que a vida na possível nova moradia poderá ser perigosa, limitada, difícil e árdua. 

Resumindo: ainda não há (nem haverá por um tempo indeterminado), planeta B para os terráqueos. Por isso, a importância de celebrar sempre, e de forma ativa, o dia 5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente.

Veja nesse artigo mais informações sobre essa data, e aproveite para fazer sua parte, seja participando de um mutirão de árvores, seja plantando apenas uma muda. Não importa qual for a ação, mas que seja em benefício da natureza.

Quer saber mais sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente?
Então, confira o conteúdo exclusivo sobre o tema!

Qual a importância do Dia Mundial do Meio Ambiente?

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído na Assembleia Geral da ONU de 1974, em Estocolmo, em virtude do dia da abertura da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Humano.

Outra determinação do encontro foi a criação do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Desde então, a celebração da data tem o objetivo de promover a sensibilização e a elaboração de ações que visem à preservação ambiental. A cada ano, esta data conta com um país anfitrião e trata de uma temática ambiental específica.

O porquê

A necessidade de sensibilização no tocante às questões ambientais teve uma motivação: a preocupação crescente com a necessidade de uso sustentável dos recursos do planeta.

Paralelamente a isso, fez-se imprescindível a adoção de princípios que incentivam e inspiram a sociedade, de forma geral, a entender e introjetar a importância do trato com a questão ambiental.

De acordo com a Declaração de Estocolmo, “os impactos ambientais causados pelo homem no meio natural se tornaram um problema urgente tanto para os países desenvolvidos quanto para os em desenvolvimento, e esses problemas precisam da cooperação internacional para serem resolvidos”.

Notícias da época relatam, por exemplo, que a Suécia já havia começado a perceber, há algum tempo, a degradação dos recursos e o inevitável impacto na qualidade de vida dos habitantes daquele país.

Foi esta percepção, justamente, que representou uma primeira reflexão conjunta para debater os problemas ambientais e destacar a necessidade de promover políticas ambientais que garantam um desenvolvimento sustentável.

Desde então

Do panorama ambiental de 1974 até 2023, houve avanços quanto à conscientização e à utilização de ferramentas e práticas próprias para a manutenção e a preservação dos recursos ambientais.

Eles tiveram que avançar em ritmo intenso, entretanto, devido ao aumento proporcional da agressão que estes recursos vêm sofrendo ao longo dos anos.

Apesar de todos os progressos, essas práticas ainda estão aquém da tarefa que lhes cabe. Afinal, a violência contra o Meio Ambiente e tudo o que engloba este conceito aparece de várias formas: na poluição e em suas múltiplas variantes, no desmatamento, na radiação, na perfuração da camada de ozônio, no esgotamento, na degradação etc.

Dia do Meio Ambiente 2023

Em 2023, o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente tem o mote: #CombataAPoluiçãoPlástica.

O evento será sediado pela República de Côte d’Ivoire (Costa do Marfim) em parceria com a Holanda, signatária do Compromisso Global pela Nova Economia dos Plásticos e membro da Parceria Global sobre Poluição Plástica e Lixo Marinho.

Atualmente, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, metade deste material é projetado para ser usado apenas uma vez, sendo reciclado menos de 10% dele.

Calcula-se, inclusive, que de 19 a 23 milhões de toneladas acabem em lagos, rios e mares. As consequências disso todos já sabem: entupimento dos aterros sanitários, vazamento para o oceano ou transformação em fumaça tóxica.

Some-se a isso o fato de os microplásticos chegarem aos alimentos, à água e até mesmo ao ar que respiramos.

Sacolas no país anfitrião e no Brasil

Desde 2014, a Costa do Marfim proibiu o uso de sacolas plásticas, apoiando uma mudança para embalagens reutilizáveis. No Brasil, a legislação varia de acordo com as unidades federativas.

Em Brasília, por exemplo, uma portaria publicada recentemente pela Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF estendeu por mais 30 dias a primeira fase de fiscalização do cumprimento da lei que proíbe a distribuição ou venda de sacolas plásticas na capital.

No Rio de Janeiro, a Lei nº 8.006/18 surgiu como uma proposta de modificar o artigo 2º da Lei 5.502/09. A disposição anterior abordava como as sacolas plásticas estariam dispostas no ciclo de reciclagem no ambiente fluminense. Já na nova lei, ficou estabelecida a proibição da distribuição do produto nos estabelecimentos comerciais.

Definição de Meio Ambiente

Para entender melhor os tipos de agressão sofridas pelo Meio Ambiente e tudo o que abrange este conceito, é preciso, antes de mais nada, defini-lo adequadamente.

A rigor, trata-se do conjunto de fatores bióticos e abióticos em que os organismos estão inseridos e suas interações.

Algo dinâmico e em constante mutação, notadamente desde que, no fim da Idade Média, teve início o antropocentrismo (considera o homem o centro do cosmos).

A partir de então, o humano, entendendo-se como centro do universo, provocou, em nome do progresso, diversos processos de degradação que afetam não apenas animais e plantas, mas também a ele mesmo.

O que afirma a Constituição Brasileira de 1988

Em seu artigo 225, o documento balizador da democracia nacional, determina que  “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

O papel de cada um

O destaque para a palavra coletividade, no parágrafo anterior, não foi casual. Determina que a luta pela preservação ambiental não cabe apenas ao poder público.

É dever de toda a população trabalhar em prol deste objetivo, com grandes ou pequenas iniciativas diárias.

Desde descartar o lixo em local adequado e fechar a torneira, ao se ensaboar, até lutar, em protesto ou ações efetivas, pela integridade de animais em extinção.

Trabalhando o Meio Ambiente na escola

Assim como aspectos cognitivos, comportamentais e outras habilidades aprendidas nas instituições de ensino, a consciência ambiental também pode, e deve, ser despertada desde cedo neste ambiente.

A escola tem, na verdade, papel fundamental na formação de cidadãos conscientes a este respeito. Para os menores, a interação com outros alunos e com a própria natureza em ambientes externos, abertos (desde que seguros) traz uma vivência mais impactante.

Além disso, podem ser desenvolvidas atividades lúdicas, como jogos e brincadeiras, para inserir o tema do Dia do Meio Ambiente do ano em sala de aula. Contação de histórias, apresentações musicais e de teatro, também são válidos.

Meio Ambiente é todo dia

Embora a iminência da data comemorada mundialmente possa servir de eficaz gancho para a abordagem desta temática em sala de aula, a introjeção desses conceitos depende de um fator primordial: assiduidade.

É fundamental estimular o desenvolvimento da consciência ambiental nas crianças diariamente por meio do contato rotineiro com a natureza (seja em uma horta ou jardim), manutenção de planta em sala de aula ou mesmo promoção de contato com animais, por meio de visitas a fazendas, por exemplo.

Cuidados rotineiros

Além deste contato com fauna e flora, é importante que o corpo docente tente, sempre, incutir informações sobre hábitos que evitam o desperdício dos recursos naturais e, consequentemente, contribuem para a preservação do meio ambiente.

Pode-se, por exemplo:

  • falar desde cedo a respeito da importância de não cortar/podar árvores sem autorização e não atear fogo na vegetação;
  • não alterar cursos d’água ou banhados e evitar o desperdício de água em casa e no trabalho;
  • não comprar nem abrigar animais silvestres em casa;
  • separar o lixo e fazer coleta seletiva; não jogar lixo no chão; reciclar ou reaproveitar ao máximo possível;
  • reduzir o consumo;
  • preferir fazer trajetos a pé ou de bicicleta;
  • não contribuir com a poluição sonora e/ou visual e não desperdiçar energia elétrica.


Com essas ações, daremos uma grande contribuição para que o nosso ecossistema possa ser sustentável por milhares de anos. E o e-docente disponibiliza conteúdos exclusivamente para serem usados com seus estudantes, especialmente para plantação de árvores nativas com técnicas reconhecidas, como a técnica da muvuca.

Compartilhar: